quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Um pitaco da madrugada :D
Hoje eu tive um sonho, havia tempos eu não me lembrava de um sonho. Dormia sempre "como pedra", depois acordava para mais um dia. Contudo, hoje, foi diferente.
Vi os rostos com exatidão, até mesmo o da sua mãe. Ela havia emagrecido, estava sorridente. Tu ali sentada olhava o relógio de pulso, esperando o momento de entrar na sala. Ri baixinho, falando comigo mesma, coisas as quais só minha memória podia ouvir. Achei coincidência encontrarmo-nos naquele lugar, no mesmo curso. Tinha certeza, quando te via de longe tomaria um caminho oposto ao meu. Não tão perto, quase parecido.
Enxergou-me e sorriu. Por algum motivo que não sei (por todas as memórias, a boa educação que tua mãe deu-te, aparentar ser a fortaleza blindada pelos muros do orgulho, honestamente, ainda não sei). Sentei-me ao lado, fiz meu interrogatório. Não suportei meus nervos e disse:
- Acaso do destino, não?
Riu, a mesma risada de cinco anos atrás. Era ótima, nostalgica.
Olhei com olhos das experiências posteriores a partida, sei que ela também olhou. Era tarde demais para a segunda, terceira, quarta chance? Não importava-me mais com este fato do passado cicatrizado aberto. Eu, simplesmente, desejava conversar. Perguntar sobre os acasos, ver se ainda tínhamos algumas bandas de música em comum, se estava ali aquilo que tanto esperei reencontrar. Tudo isso e mais mais mais. Mas, o sinal da aula tocou.
Num movimento pegou os materiais, foi ouvir as teorias e práticas. Olhou-me, entretanto piscou mais devagar que de costume. O castanho ainda estava lá, todas as bandas de maçãs também. Guardados fundos, só eu via. Porque a canção da ruazinha ainda estava em mim e tudo mais mais mais mais.

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