segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Sorvi o ar gelado, coloquei os pulmões para fora, através de um grito rouco. Junto com ele, todos os nós se foram junto. Fez-se exposto o óbvio: a luta, então veio de arrasto a esperança, angústia e a loucura.
Tarde demais para perder, cedo para vitória; como um pecado ainda não feito - não totalmente inocente, mas nem no seu todo efetivado. Uma situação de encruzilhada, a qual todas as cartomantes ficariam em dúvida, sem saber que decisão tomar e a vida tentando empurrar-me para alguma direção (velho dilema "viva deixe... viver"). Uma decisão, uma oportunidade de possuir a liberdade no seu estágio bruto, sem escravizar-se, regido pelas paixões ou razões.

Sem esperar a gota d'água; a última luz apagar. Viva, não deixe viver.

SIM! ESTOU EXTREMAMENTE INTIMISTA NA ÚLTIMA SEMANA! dá um time! AHAHAHA.

"A primeira vez que o telefone tocou, ele não se moveu. Continuou sentado sobre a velha almofada amarela, cheia de pastoras desbotadas com coroas de flores nas mãos. As vibrações coloridas da televisão sem som faziam a sala tremer e flutuar, empalidecida pelo bordô mortiço da cor de luxe de um filme antigo qualquer. Quando o telefone tocou pela segunda vez ele estava tentando lembrar se o nome daquela melodia meio arranhada e lentíssima que vinha da outra sala seria mesmo “Desespero agradável” ou “Por um desespero agradável”. De qualquer forma, pensou, desespero. E agradável."
Caio F.


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